terça-feira, 16 de maio de 2017

2017 - POEMAS JANEIRINHOS





MENSAGEM AOS FACEAMIGOS





Depois de chegar ao fim
meu "poético recesso",
prazeroso é para mim
estar aqui de regresso.


Bons momentos de emoção
compartilhei com vocês
nessa "facecomunhão",
em dois mil e dezesseis.



Mas, como o que é bom não cansa,
expresso minha esperança
de que Deus em nós projete



a Sua Luz de bondade,
de amor e fraternidade,
em dois mil e dezessete.



(Trovas Soneteadas)

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COMO UM ATO DE AMOR



Se um ano velho vai e um novo vem,
ambos passando pela mesma porta,
o instante fico a festejar, porém
a sucessão, em si, pouco me importa.



É que, há muito, aprendi a trilhar bem,
a qualquer tempo, via reta ou torta,
levando apenas o que me convém
sempre que um ano a outro me transporta.



Em consequência, sucessivamente,
para mim cada ano, na verdade,
tem sido um prolongado ato de amor.



Dois mil e dezessete que me aguente,
pois vou vivê-lo com intensidade
e sem queixas do ano anterior!...



(Sonetos das Sextas)
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DIVINA POSTERGAÇÃO





Tenho certeza
de que me resta uma missão
a cumprir por aqui,
antes de minha viagem
para o reencontro
com o Criador.


Mas Ele,
embora muito bom comigo,
sempre de me deixa curioso
em relação ao que me reserva,
e ainda não me revelou
qual é essa missão.



Creio que vai postergar
por muitos anos a revelação,
pois sabe quanto gosto
de minha vida neste plano
e reconhece quanto lhe sou grato
por tê-la concedido a mim
tal como eu teria desejado,
se me pudesse ter sido
possível escolher
quando eu era ainda
um mero projeto Seu...
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ASSIM SERIA





Em secretos encontros semanais,
os dois nos demos ardorosamente
àqueles verdadeiros festivais
do que, em luxúria, a vida nos consente.


Foram sublimes relações carnais
de que a mão do prazer, a ferro quente,
fez questão de gravar vivos sinais
que não se apagarão de nossa mente.



E, se acaso tivesses a coragem
de retomar a nossa fantasia,
eu – da maneira como os loucos agem –



pronto estaria a ir aos meus extremos
e até à Química eu recorreria
para viver de novo o que vivemos.



(Sonetos das Sextas)
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PECADOR CONFESSO



Socialmente sou equilibrado
e a todos trato com respeito e zelo,
mas existe uma espécie de pecado
que não posso ficar sem cometê-lo.



Assim, se para amar sou provocado,
enlouqueço diante desse apelo
e, por estranhas forças empurrado,
não resisto ao desejo de atendê-lo.



De fato, sou um grande pecador,
razão maior por que sempre estou pronto
a cometer pecados mil de amor.



E de cada pecado que cometo,
sem revelar com quem, eu tudo conto
com detalhes, nos versos de um soneto.

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QUADRAS BRASILEIRAS



Descartar pessoa eleita
por voto de maioria
é algo que desrespeita
a própria democracia.



Mas a história do Brasil
registrou recentemente
um grande e covarde ardil
contra sua presidente.



Foi um golpe bem urdido
e que já era esperado,
proposto pelo partido
maior, do grupo aliado.



E, em manobra congressista
das mais bem articuladas,
viu-se cassada a “ciclista”
por causa de “pedaladas”.



Muitos dizem, com razão,
que foi um jeito de pôr
no comando da Nação
um farsante e traidor.



Assim, do vice, o Brasil
fez um novo presidente;
entretanto, de perfil
muito pouco convincente.



De planos, fala de sobra
e de forma calorosa,
que nem “o homem da cobra”
sobre a “droga milagrosa”.



Simula sinceridade,
mas deixa transparecer
certo ar de falsidade
vindo do fundo do ser.



Seu “plano de salvação”,
se para o hoje inseguro,
promete complicação
bem séria para o futuro.



Por isso é que o povo cisma
com seu governo, e ele alcança
altos níveis – em sofisma,
e baixos – em confiança.



É também – já que apontado
em listas de delação –
suspeito de haver molhado
em dinheiro sujo a mão.



Sendo os fatos verdadeiros,
pode a coisa ficar feia,
tal com como para os parceiros
que já moram na cadeia.



E muitos dos “respeitados”
políticos da Nação
têm destinos traçados
para a mesma direção...



Vejam só como, de fato
e tão lamentavelmente,
deixam eles o retrato
deste País para a gente:



Em prol das conveniências
de alguns, o povo, sem vez,
amargando consequências
do que não sabe os porquês...



Roubos de muitos bilhões,
falta de vergonha imensa,
caos nas instituições,
povo sofrido e sem crença...



Ao Brasil se faz urgente
nova ordem social,
com expurgo dessa gente
desonesta e sem moral



Esse popular desejo,
feito realização,
mais ou menos assim vejo
na minha imaginação:



Numa trouxa, Aécio, Lula,
outros mais, Temer e Cunha
sobre o lombo de uma mula
mandados para a “Cucunha”...

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Agradeço a visita dos amigos leitores.

                        

                                              Kleber Lago

© Kleber Cantanhede Lago

      (Imagens ilustrativas compartilhadas do Google)

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