Esta é a Postagem Parcial II do meu livro Viagens para dentro e fora de
mim, cujo conteúdo são os poemas das páginas 21 a 40.
A foto ilustrativa mostra a “oficina gráfica” onde ocorre o processo
semiartesanal de feitura dos livros (digitação, impressão, encadernação e
encapamento), tendo por instrumentos principais, conforme esclareço na
apresentação (Postagem Parcial I): computador e impressora comuns, guilhotina
manual por mim mesmo construída... e boa vontade de fazer.
Kleber
Lago - Viagens para dentro e fora de mim
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CONTEÚDO POEMÁTICO DESTA POSTAGEM
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Kleber
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BUSCANDO INSPIRAÇÃO
Inspiração de mim distanciada,
de vez em quando minha fronte espanco,
porém à mente não me chega nada,
mesmo uma simples cena em preto e branco.
Saio para uma volta na calçada,
retorno, sento, recomeço e estanco,
sem uma só palavra rabiscada,
nem sugerida – para ser mais franco.
Vou deitar-me, dormir, buscar num sonho
repovoar a mente ora deserta
e esquecer este instante tão medonho.
Talvez sonhando venha achar um tema,
e caso o
encontre, de manhã, na certa,
conseguirei
fazer algum poema...
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Kleber
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VERSOS
A UM POETA JOVEM
Guarda no
armário nem
tentar imitar-me,
tua mala de
preocupações, pois estando despojado
deixa para
sempre do que à alma é prescindível,
pendurada no cabide aos poucos, naturalmente,
tua coroa de
vaidades, irás te sentindo leve e capaz
desnuda do orgulho
teu espírito de andar, navegar, voar,
e fá-lo vestir o
manto em chão, água e espaço teus.
transparente da
humildade.
Chegará o instante
Depois disso, em que, por amor ao Belo,
chega perto de
mim saberás alterar as impressões
e vem ver como
vivo, que te dão os sentidos,
conhecer o chão que
piso, e poderás facilmente
a água em que
navego, apalpar o intangível,
o
espaço em que adejo ter visões paradisíacas no inferno,
e o tamanho da
alegria ouvir sons melodiosos no barulho.
com
que faço meus trajetos. sentir gosto ambrosíaco no fel
e perfume de rosas no que
fede...
Não precisas segurar
em minha mão, É o instante de afirmar,
aprender
nada de mim a ti mesmo, que és poeta...
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Kleber
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O POETA E O RIO
A despeito do leito assoreado
e ameaçado de ficar vazio,
eu – que muito vivi esse meu rio –
cultuo-o, como um símbolo sagrado.
Sinto o meu Mearim acabrunhado,
mas quando o vejo em seu correr macio,
entro em êxtase e rápido o recrio
do jeito como o via em meu passado.
E se o luar reluz na água barrenta,
trêmula ao sopro de noturna brisa,
a cena de beleza me arrebata
a alma e a joga na corrente lenta,
causando-lhe a ilusão de que desliza
por uma esteira líquida de prata!...
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Kleber
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DA
LEITURA DE UM POEMA
Ao ler um belo poema
cujo tema era “um sorriso”,
o texto agradou-me tanto
que, na emoção da leitura,
deparei-me , fascinado, RUMO AO ARCO-ÍRIS
em sensações visuais,
com a dona do sorriso Os pés se
cansam,
desenhada no papel. ferem-se,
sagram,
Dentro de minha emoção, a caminhar sobre
pedras
percebia que as palavras e a pisar espinhos.
iam saindo dos versos,
e se tornavam
detalhes Não
faço um único gesto
quase divinos, no
rosto de
desespero ou desânimo
sorridente da
mulher e, às vezes, até sorrio
que, por obra do
poeta, enquanto sigo,
de verbo se fez desenho. como se pisasse
pétalas macias...
Mero leitor do poema,
e sem pedir
permissão, É que no fim do caminho
dele me fiz coautor fica a
ponta do arco-íris
e o levei mais adiante, que há muito
procuro,
por força de um
velho impulso onde
ainda quero encontrar que o Belo provoca em mim. o meu pote de luz
que um duende travesso
Pus a mulher do desenho escondeu por lá.
na mulher de minha vida
para nela poder ver,
sempre, no plano real,
todo o encanto do sorriso
que a leitura me mostrara...
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Kleber
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AMANTE PARA SEMPRE
Sendo da vida fervoroso amante,
para que do amasio não me aparte,
miro-me em Vênus, sem ficar distante
da ousadia que posso ver em Marte.
A beleza no amor é importante,
mas coragem também: quem as descarte
talvez não leve a relação adiante
nem goze da existência a melhor parte.
Para na vida estar sempre presente,
com coragem – e até com certo alarde –
a ela ainda me entrego plenamente,
ao contrário de quem, por medo à sorte,
assume essa atitude tão covarde
de viver só para aguardar a morte.
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PROVA
Cheguem-me
aos olhos ser o
que ainda não fui,
as cores da
beleza ter o que ainda não tive,
que ainda
não pude admirar, s ó para observar
aos
ouvidos os sons musicais o meu
comportamento
que ainda
não fui capaz de ouvir, nessas condições.
ao coração
as paixões
que
ainda não experimentei!... Eu
disporia, assim,
de um jeito de saber
Venha
a voz da consciência se realmente sou sincero,
romper o
silêncio quando dedico versos de amor
acerca
de mistérios e segredos, a quem digo que amo,
que se
existem escondidos peço
perdão pelos meus erros,
sob minhas
sombras, perdoo aos que me fazem mal
ainda não me
foram revelados!... e afirmo que vivo sempre
em estado perene de reprodução
Por um
instante apenas, de sentimentos bons
queria fazer o que ainda não fiz, que cultivo em minha alma...
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Kleber
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AMANTE PARA SEMPRE
Sendo da vida fervoroso amante,
para que do amasio não me aparte,
miro-me em Vênus, sem ficar distante
da ousadia que posso ver em Marte.
A beleza no amor é importante,
mas coragem também: quem as descarte
talvez não leve a relação adiante
nem goze da existência a melhor parte.
Para na vida estar sempre presente,
com coragem – e até com certo alarde –
a ela ainda me entrego plenamente,
ao contrário de quem, por medo à sorte,
assume essa atitude tão covarde
de viver só para aguardar a morte.
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Kleber
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SAUDOSISTA
Do que já fiz eu tenho tudo em
mente,
guardo também o que hoje tenho
feito,
e creio que serei do mesmo jeito
nos anos que me venham pela frente.
Não nego ser feliz em meu presente
que vou levando, alegre, satisfeito,
com paz na alma e muito amor no
peito,
mas sem fazer-me do passado ausente.
E se o presente se tornar passado
no tal futuro, o manterei guardado
para tocá-lo e ter, a cada toque,
esse sentir-me leve – e ser qual
pluma
que ao sopro de saudades sempre ruma
para o momento que a
lembrança evoque...
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Kleber
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DESCULPE-ME
A FRANQUEZA
Eu amargava tempos de tristeza
quando você entrou em minha vida,
como um coringa que caiu na mesa
e me deixou vencer uma partida.
Não pretendi a mim mantê-la presa,
pois só via em você, minha querida,
um remédio (Desculpe-me a franqueza!)
paliativo para uma ferida.
Mas dispensável quanto o que se viva
numa noitada à mesa de algum bar
numa manhã na praia, num cinema,
ou quanto aquela rima apelativa
que, por não abster-se de rimar,
o mau poeta use num poema...
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Kleber
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ETERNIZAÇÃO
Não sei viver vida murcha
pois sou feito de emoções
que se alimentam do Belo.
Quando a vida me parece vazia
eu me encho de poesia
e a faço inflar.
Quem puder me compreenda,
quem não puder me escarneça,
e quem quiser sorrir de mim,
simplesmente
por achar-me meio louco
ou fora de padrão,
que o faça com muita graça.
Porque da falta de compreensão
e dos possíveis escárnios,
decerto me esquecerei,
mas cada um desses sorrisos
tentarei
tornar eterno
nos versos de um poema
de agradecimento.
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VOOS POÉTICOS
Não
nego, Deus me fez ser inspirado
para ver e sentir toda a poesia que humildemente tenho explicitado,
como
sendo um lazer no dia a dia.
Quando
escrevo me sinto extasiado,
e minha pena cresce, na estesia que me inspira um poema musicado com notas de tristeza ou de alegria.
Dessa
maneira, se meu canto entoo,
às vezes chego a perceber-me em voo por espaços bem altos na amplidão.
E
o meu tempo de voo até a volta
só depende da força com que solta suas asas a minha inspiração. |
Kleber
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VIDA COMPLETA
Não sei se estou poetando,
ao deter-me, vez em quando,
num canto de minha casa,
em silêncio, a
comparar QUANDO BAIXO CABEÇA
uma vida sem amor
à ave que perde a asa, Os meus procedimentos
à seresta sem luar, nos ambientes da vida
ao artista que não cria, normalmente me autorizam
ao jardim que não tem flor, a andar
de fronte erguida,
ao poema sem poesia... mas sei baixar a cabeça
sem nenhum constrangimento
É o que minha alma sente, quando beijo uma mulher
e não procuro razões menor que eu na estatura,
para tais comparações. quando assumo os meus enganos
e quando peço a Deus
Ou filósofo, ou poeta, perdão pelos meus erros...
ou seja lá o que eu for,
para mim, sinceramente,
a vida só é completa
se nela não falta amor...
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Kleber
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É SEMPRE
POUCO, OU NADA
Nunca me diga a
alma envaidecida,
mesmo ao ver-me
chegar ao fim da estrada
com muita
experiência adquirida,
que a missão de
aprender foi consumada.
Sapiência não
pode ser medida,
por não ter
extensão determinada,
e mais que a
gente aprenda nestra vida,
mais tem
certeza de que é pouco, ou nada...
Não há sábio, por
mais que consagrado,
isento de
encontrar, aqui e ali,
pessoas que em
saberes o suplante.
E eu, aprendiz,
já tive comprovado
o que afirmo,
em lições que recebi
de quem é visto
como ignorante...
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ATENÇÃO
Tu estavas ali,
estirada na cama,
plenamente desnuda
de vestes e pudores,
a exalar desejos
num espontâneo
contrair
e
descontrair de músculos... ESCOLHA
E pareceu-me
ouvir Quando o amor vira doença
gritos quase
alucinantes não há mais chance de cura;
de teu corpo
ardente, quem
a contrai nunca pensa
a
implorar de mim
em tratar-se, e por sinal,
o que, naquele
momento, não
aceita nem procura eu não me
supunha os
cuidados de um “doutor”:
capaz de te
dar. prefere
morrer de amor
a se livrar desse mal.
Mas a força dos
gritos
– em som de súplicas
que só quem ama
escuta –
mudou-me o estado de
espírito
e, sem que eu desse
conta,
já me estava atiçado
o desejo
de atender aos teus
apelos.
Então, fui abafando
cada grito
com a dose de
carícia apropriada,
até que teu corpo
relaxasse,
satisfeito, saciado
e em profundo
silêncio...
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GRATIDÃO A TI
E A DEUS
Se te achei, de repente, por acaso,
depois de te encontrar em meu caminho
e me envolver contigo em nosso caso
de amor, por nada mais eu me definho.
Com teu apoio, em muito curto prazo,
reergui as paredes do meu ninho,
onde ao teu lado agora
me comprazo,
numa vida de paz e de carinho.
Se mereci não sei, mas te sou grato
pelo alento que dás aos dias meus,
por me tornares tão feliz a vida!
E toda noite, quando deito, trato
sempre de agradecer ao meu bom Deus
aquele acaso, em prece comovida...
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Kleber
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CAUTELA
Jamais temi a morte,
meu medo é de sair
da vida
antes de completos,
pelo menos,
dois terços do que
dela pretendo
em extensão no tempo
desse constante
aprendizado
que será sempre
inconcluso,
mas me concede o
prazer
de estar vivenciando
experiências
que me têm valido a
pena
à matéria e ao
espírito.
Notem que quase
totalidade
das referências dos
meus versos
são à primeira
pessoa:
– no singular,
traduzem minhas
individualidades,
meus íntimos
momentos
de fantasia,
esperança, beleza, alegria
e também de tristeza
ou de decepção;
– no plural,
incluem-me entre os
que acredito
serem como eu...
Egoísmo,
egocentrismo?
Não, apenas cautela
para que, quando
desfeita
a dualidade
corpo/alma em mim,
não venha minha alma
a sofrer punições
por eu ter ferido
suscetibilidades
de meus semelhantes.
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Kleber
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INCONCEBÍVEL
De gole em
gole, passa a tarde inteira,
adentra a
noite, a se mostrar ferido
pelo golpe
cruel do amor perdido
que ele tenta
curar, na bebedeira.
Incomcebível,
hoje, alguém à beira
da insanidade,
quase convertido
num pária,
simplesmente por ter sido
abandonado pela
companheira!...
O sofrer por
amor é natural:
chega e se
vai... Porém, a embriaguez
não é remédio
para nenhum mal.
Quem, por estar
ferido, se embriaga
só se degrada e
torna cada vez
mais profunda e
doída a sua chaga.
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Kleber
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A RIBEIRINHA E A FLOR
A morena
ribeirinha,
uma flor que ela trazia
retirou
uma flor de seu cabelo, de casa, presa ao cabelo.
pô-la nas
águas do rio
e, a
caminhar pela margem,
Mas sempre ia deixá-la
foi
seguindo com os olhos
bem no meio da corrente,
o
deslizar da flor na natural intenção
na suave
corrente.
de evitar que algum desvio
provocasse a murchidão
Andou só
alguns momentos, precoce e a morte da flor
para
vê-la desviar-se
diante de seu olhar...
rumo a um
pequeno remanso
e
misturar-se ao lixo flutuante
que ali
se decompunha, numa espécie
de
colchão espumoso e de mau cheiro,
em que a
flor se deitou para morrer.
Alma
cheia de tristeza,
a morena
ribeirinha,
numa
explosão de revolta,
atirou-se
no remanso,
limpou-o
completamente,
e a
partir daquele instante,
dele se
fez guardiã.
Dizem
que, enquanto viveu
junto ao
rio, a ribeirinha
mantinha
o remanso limpo
e que
toda manhã reproduzia
a
cena de soltar naquelas águas
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Kleber
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RENASCIMENTO
Aqui ocorre,
agora, o reencarte
de um registro
que dos anais do fado
foi, imagino
eu, por cruel arte
de um demônio
invejoso, deletado.
Prazeroso
demais, rencontrar-te
sob esse céu
tão lindo e estrelejado,
e junto ao rio
manso que fez parte
de sonhos
destroçados no passado!
No tão sublime
e belo renascer
do nosso amor
de seus próprios escombros,
torna-se em mim
tão forte tal prazer
que sinto que
eu seria até capaz
de sustentar o
céu sobre os meus ombros
se ele caísse
onde comigo estás!
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Kleber
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CONFORME O MOMENTO
BOA NOITE
Posso
mostrar-me impassível Hoje atendi à vontade
diante
de uma emoção, de quebrar a rotina:
mas não encontro jeito
depois do jantar, não voltei
de chorar para os outros a sentar-me à mesa da copa
quando minha alma ri, para escrever um poema.
nem
de pôr risos no rosto
se
o instante é de choro. Porém me lembrei
de que sei voar bem
Aprendi
muito cedo e em velocidade
que
cabem na vida humana maior do que a do som,
alegrias
e dores;
maior do que a da luz...
assim,
choro ou sorrio,
conforme
exija o momento, Então, resolvi sair agora
e
o choro nunca será sinal
para bater à porta de cada
amigo,
de
que eu me sinta infeliz.
e quando a porta se abrir,
dar-lhe um abraço
Ligo
minha felicidade
e simplesmente lhe dizer:
ao
prazer de desfrutar
– BOA NOITE!
a
poesia que há na vida,
com
plena liberdade
para
sorrir ou chorar,
e
sem me permitir
disfarçar
sentimentos...
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Agradeço a atenção dos leitores e espero que a leitura
tenha agradado.
Kleber Lago
© Kleber Cantanhede Lago