(Imagem compartilhada)
Vão aqui alguns poemas selecionados entre os que compus em julho de 2016:
SEMPRE POETA
Eu brinco de fazer versos,
brinco de sonetear,
os pensamentos dispersos
pelo mundo, em terra e mar.
Embora soneteando
de forma descontraída,
eu só sou poeta quando
acho poesia na vida.
Quem queira ver a Poesia
tem de ter olhos pra ela,
pois ela nos desafia,
mas nem sempre se revela.
Muitas vezes ela exala
seu cheiro em coisas brejeiras;
por isso, para encontrá-la
basta-me ir a Pedreiras.
Misturar-me à sua gente,
receber o abraço amigo
de quem sabe realmente
mostrar-se amável comigo...
Mergulhar no Mearim,
fonte de água e lirismo,
que também é para mim
"O Jordão do meu batismo"...
Proferir na Academia
as palestras costumeiras,
incitando a confraria
a trabalhar por Pedreiras...
Passar horas à vontade,
reunido num barzinho
com artistas da cidade,
dedilhadores do pinho...
Eu, despersonalizando
a cadência da canção,
e Josivan consertando
tudo com seu violão...
Dormir, hoje, sossegado,
depois da boa cerveja;
e amanhã, ser acordado
ao som dos sinos da igreja...
Ouvir cantar, no terreiro
da casa, um galo gaiato,
sentindo o gostoso cheiro
de terra fresca e de mato...
Tomar um forte café,
com bolo, cuscuz e ovo,
e depois, saindo a pé,
começar tudo de novo...
Assim, ao ter a Poesia
em tudo o que sinto e vejo,
banho-me de fantasia,
satisfaço o meu desejo!
São emoções verdadeiras
que, de forma tão direta,
corroboram que, em Pedreiras,
sempre me sinto poeta.
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(Imagem do Google)
A VIDA É FESTA
Não sei chorar nem lamentar da vida,
e se isso para mim se faz preciso,
sinto que Deus me aponta, por saída,
que eu preserve no rosto um bom sorriso.
Assim, se algum motivo me convida
a lamentos, eu ponho no juízo
que posso ter, de forma comedida,
prazeres no que ainda realizo.
Gosto da vida tão profundamente
e com muito alegria eu a cultuo,
que não sou triste nem quando doente.
Confesso que o infortúnio até me testa,
mas "bananas" lhe dou e continuo
a ver razões na vida para festa!
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(Imagem compartilhada)
PEDREIRENSIDADE
Pedreiras, sob o olhar benevolente
de Benedito, foi reinvadida
pelo amor de quem, mesmo dela ausente,
jamais esquece a terra tão querida.
Um matar de saudades em que a gente
teve, em cada lembrança revivida,
qual num filme de enredo comovente,
o quanto ela marcou em nossa vida!
Aline, Chênia, Helena, Raimundinho
e muitos partilharam seu carinho
com tantos outros filhos da cidade,
no encontro de emoção viva, presente
em cada coração feliz, contente,
a transbordar de PEDREIRENSIDADE!
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ETERNIZAÇÃO
À luz do Sol ou nas trevas da noite,
quem mantém o coração aquecido
pelas chamas do amor
e da verdadeira amizade
tanto não pensa na morte
quanto não alimenta temor
a eventuais infortúnios.
É que quem adota
tal visão de vida
já eternizou o que viveu
e sabe que o que lhe resta viver
será apenas uma dose complementar
de prazer e de alegria
para essa eternidade.
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É permanente o meu agradecimento aos que aqui se fazem
presentes.
Kleber Lago
© Kleber Cantanhede Lago
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